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16/03/2015

GUEIXAS.

Que tal saber o quê que as Gueixas tem?
Ou o que são? E o que fazem?

Vamos descobrir!?

Gueixa, como todos os substantivos japoneses, não tem singular distinto ou variantes plurais. A palavra é composta de dois kanjigei(), significando "arte", e sha (), significando "pessoa" ou "praticante". A tradução mais literal de gueixa seria "artista", "pessoa que faz a arte" , ou "artesã". Outro nome para gueixa é geiko (芸子), que é normalmente usado para se referir-se à gueixa do oeste do Japão, região que inclui Kyoto.
Gueixa (芸者), Geiko (芸子) ou Gueigi (芸妓) são mulheres japonesas que estudam a tradição milenar da arte, dança e canto, e se caracterizam distintamente pelos trajes e maquiagem tradicionais. Contrariamente à opinião popular, as gueixas não são um equivalente oriental da prostituta; esse é um equívoco, originado no Ocidente, principalmente pela vestimenta das prostitutas tradicionais ter traços similares aos da cultura gueixa.
No Japão, a condição de gueixa é cultural, simbólica e repleta de status, delicadeza e tradição. Ao longo dos séculos, esse contexto foi desenvolvido pelo aperfeiçoamento da técnica dessas artes e pela estrutura rígida necessária para se tornar uma gueixa e permanecer como tal. Nos estágios iniciais da história japonesa, existiam artistas do sexo feminino chamadas saburuko ("meninas que servem"), que eram em sua maioria meninas vagando cujas famílias haviam sido deslocadas no fim do século VII. Algumas dessas saburukos vendiam serviços sexuais, enquanto outras com uma melhor educação ganhavam a vida entretendo uma alta classe da sociedade em encontros sociais. Após a corte imperial mudar a capital para Heian-kyō (Kyoto) em 794, no início do período Heian, as condições que formam a cultura japonesa da gueixa começaram a surgir, e depois se tornaram o lar uma elite obcecada pela beleza e mistério dessa cultura.
Na cultura japonesa, a mulher ideal era uma mãe modesta e gerente da casa. Para o prazer sexual e apego romântico, os homens procuravam por cortesãs. Assim, criaram-se "quarteirões do prazer" conhecidos como yūkaku (游廓, 游郭) construídos no século XVI, que depois se tornaram bairros fora dos quais a prostituição seria ilegal. Neles asyujo ("mulheres para brincar") seriam classificadas e licenciadas. As yujo mais elevadas foram antecessoras da cultura das gueixas, chamadas Oiran, uma combinação de atriz e prostituta, originalmente se apresentando em etapas definidas. Elas realizavam danças eróticas entre outros, e esta nova arte foi apelidado kabuku, que significa "ser selvagem e ultrajante". As danças eram chamadas de Kabuki, e este foi o início de teatro kabuki.
Estes "quartos de prazer" rapidamente tornaram-se centros de entretenimento glamourosos, oferecendo mais do que sexo. As cortesãs altamente talentosas destes distritos entretinham seus clientes, dançando, cantando e tocando música. Gradualmente, todas elas tornaram-se especializadas na nova profissão, puramente de entretenimento, que surgia. Perto da virada do século XVIII que as primeiras artistas dos quartos de prazer, chamadas de gueixa, apareceram. As primeiras gueixas eram homens, entretendo clientes que esperavam para ver as cortesãs mais populares e talentosas (oiran ).
As precursoras da gueixa do sexo feminino foram as adolescentes odoriko ("dançarinas"). Na década de 1680, elas eram populares artistas pagas nas casas particulares da alta classe samurai apesar de muitas se transformarem em prostitutas no início do século XVIII. Aquelas que não eram mais adolescentes (e não poderiam mais praticar o estilo odoriko) adotaram outros nomes, sendo um deles gueixa, se assemelhando aos artistas masculinos.
Por volta de 1800, ser uma gueixa foi considerada uma ocupação feminina. A evolução do estilo das gueixas era imitada por mulheres elegantes por toda a sociedade.
A Segunda Guerra Mundial trouxe um grande declínio nas artes das gueixas, pois em 1944, tudo no mundo das gueixas, incluindo casas de chá, bares, e casas de gueixas foram forçados a fechar, e todos os funcionários foram colocados para trabalhar nas fábricas ou outros lugares para trabalhar para esforço de guerra no Japão. O nome gueixa também perdeu algum status durante este tempo porque as prostitutas passaram a se referir como gueixas para militares americanos. Cerca de um ano depois, as casas foram autorizadas a reabrir. As poucas mulheres que voltaram para as áreas de gueixas decidiram rejeitar a influência ocidental e retomar as formas tradicionais de entretenimento e vida. A imagem da gueixa foi formada durante o passado feudal do Japão, e agora é a imagem que deve se manter para permanecer a cultura gueixa.

Artes
As gueixas começam seu estudo da música e dança quando são muito jovens e dão continuidade ao longo de suas vidas. Elas pode trabalhar até seus oitenta e noventa anos e praticam todos os dias, mesmo após setenta anos de experiência.A dança das gueixas evoluiu a partir da executada no palco do kabuki. As danças "selvagens e ultrajantes" transformaram-se em uma forma mais sutil, estilizada, sendo uma forma de dança controlada. São extremamente disciplinadas, semelhante ao Tai Chi. Cada dança usa gestos para contar uma história e apenas um conhecedor pode entender o simbolismo contido. Por exemplo, um pequeno gesto de mão representa ler uma carta de amor, segurando o canto de um lenço na boca representa falta de modos e as mangas longas do quimono elaborado muitas vezes são usadas ​para simbolizar que está enxugando lágrimas.
As danças são acompanhadas por música tradicional japonesa. O principal instrumento é o shamisen.Todas as gueixas devem aprender a tocar shamisen, embora isso leve anos para dominar. Junto com o shamisen e a flauta, a gueixa também aprendeu a tocar um ko-tsuzumi, um pequeno tambor de ombro em forma de ampulheta, e o taiko, um tambor de chão. Algumas gueixas não só dançam e tocam música, mas também são escritoras, fazendo poemas melancólicos. E outras pintam imagens ou compõem música.

Aparência
Há muitas mudanças de aparência de uma gueixa ao longo de sua carreira, desde quando é uma jovem maiko, que é muito maquiada, até a aparência mais sombria de uma velha gueixa estabelecida. Diferentes penteados e grampos de cabelo significam diferentes estágios de desenvolvimento de uma jovem, e até mesmo um detalhe preciso como o comprimento de sobrancelhas é significativo. Sobrancelhas curtas demonstram juventude e longas demonstram maturidadeEla usa a mesma maquiagem branca para o rosto na nuca, deixando dois ou às vezes três listras da pele expostas. Seu quimono é brilhante e colorido com uma elaborada amarra do obi pendurado até os tornozelos. Ela dá passos muito pequenos e usa tradicionais sapatos de madeira chamados okobo que ficam a quase dez centímetros de altura. Há cinco diferentes penteados que uma maiko usa, que marcam as diferentes fases de seu aprendizado. O nihongami, penteado com kanzashi, cabelo ornamentado em tiras, é mais associado com asmaiko, que passam horas a cada semana no cabeleireiro e dormem em travesseiros especiais para preservar o estilo elaborado. maiko poderia desenvolver uma falta de cabelo causada por fricção das tiras kanzashi e pela maneira como o cabeleireiro puxa seu cabelo para montar o penteado.Por ser um tema cheio de mistérios, regras e tradição, a gueixa até hoje fascina pessoas de todas as partes do mundo. Há não só livros, mas também filmes que retratam essa cultura. O livro "Geisha of Gion" de Mineko Iwasaki, contribuiu para a criação do livro "Memórias de uma Gueixa", posteriormente transformado em filme, e de bastante sucesso principalmente por demonstrar como é difícil para uma gueixa manter uma relação pessoal.

Fonte: Wikipédia
Viu só como não tem nada de simples em ser uma Gueixa? Como elas são fascinantes, dedicadas e cheias de cultura?

Vale muito a pena assistir o filme Memórias de uma Gueixa!
Obs: Queria por o link pra vocês, mas todos os links não reconheciam na hora da postagem!

ATÉ MAIS!



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